segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A chuva para Ribeirão de Nagozin


Todos convidados para minha exposição nesta quinta feira dia 25 de setembro as 20 horas.

    Nagozin, meu amigo de infãncia, que saudades.
    Lembra daquelas caminhadas na estrada de areia vermelha, quando aproximava Penachinho, a gente pegava a estrada de areia branca.
    Aquela seca medonha, mas quando era tempo das águas, a gente saia a caminhar, para usufruir do verdume e da belezura, o perfume das flores e sabores das frutas da caatinga.
   Nunca me esqueço daquela tarde na roça de melancia, descemos a serra e fomos tomar banho no ribeirão.
   E hoje, passado um tempo, me tornei um contador de histórias através das cores. Apesar das brigas, como era bom aqueles tempos de porrada, no chiqueiro de cabras do seu Geson, mais macio que tatame e chão firme.
   Fico feliz em saber que Nagozin se tornou um grande rezador, curador de espinhela caída, bucho quebrado e outras enfermidades.
   Acho que os murros que levei na moleira que me fazem voltar a este passado.
   Reze por nós, faz umas garrafadas e reze comigo para o  ribeirão de São Paulo encher.
   Saudades.






"Nagô", nome pelo qual se tornaram conhecidos, no Brasil, os africanos provenientes da Iorubalândia. Segundo R. C. Abrahams, o nome nàgó designa os Iorubás de Ipó Kiyà, localidade na província de Abeokutá, entre os quais vivem, também, alguns representantes do povo popo, do antigo Daomé. O termo proviria do fon anago, usado outrora com o significado pejorativo de "piolhento". Isso porque, segundo a tradição, os iorubás, quando chegaram à fronteira do antigo Daomé, fugindo de conflitos interétnicos, vinham famintos, esfarrapados e cheios de piolhos. Segundo W. Bascom, o nome nàgó ou nago se refere ao subgrupo iorubá Ifo-nyin. Na Jamaica, o nome nago designa o culto de origem iorubá.— Nei Lopes na Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana.




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