quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Pragas

   Gravatá, croa, flores exóticas , amarelas, violeta e magenta. Cordas resistentes para piar um cavalo, burro ou porco. Pendurar galinhas no pau d'arco.
    Biriba.
    Na lagoa de Mateus, no tempo das águas, casamento do rio com a lagoa, juntamento do tanque da nação, a florada dos umbuzeiros.
    Ribeirão da sucupira, da boa vista, do enxu , tempo de fartura, de piabas, traíras, tilápias, bagres, sapos e girinos, até chame xuga.
    As malvas, quiabentos, a fartura das chuvas e os bichinhos avoadores e o gravatazeiro.
    Brincadeiras no mato passo.
    E eu aqui deitado lembrando deste passado, memórias de criança.

Ensaio de ópera para a natureza


Lente da câmera distorcida
Meu olho é minha lente
Minha arte é livre de exploração
E quem me explora dá coceira no cuião
Minha arte é verdadeira, é tristeza e alegrão
É de fé e é de não.
Padre Cícero e Bastião.
Xito e Xororão.
São Cosme e São Damião
Iemanjá, Santa Bárbara e minha Aparecida querida.
Cipriano Souza

foto: Adão Pinheiro

  Minha vida igual ao do retirante Fabiano
  Viver de arte no Brasil é igual a um catingueiro que planta no pó
  E depois da colheita, vem o explorador se aproveitando da alta da safra
  No pó eles somem e na colheita aparecem igual praga
  Sem falar nas cercas.
  O que me salva é que existem os bons cabras
  Que amam a arte e respeitam o artista
  Eita desgrama!

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