Biriba.
Na lagoa de Mateus, no tempo das águas, casamento do rio com a lagoa, juntamento do tanque da nação, a florada dos umbuzeiros.
Ribeirão da sucupira, da boa vista, do enxu , tempo de fartura, de piabas, traíras, tilápias, bagres, sapos e girinos, até chame xuga.
As malvas, quiabentos, a fartura das chuvas e os bichinhos avoadores e o gravatazeiro.
Brincadeiras no mato passo.
E eu aqui deitado lembrando deste passado, memórias de criança.
Ensaio de ópera para a natureza
Lente da câmera distorcida
Meu olho é minha lente
Minha arte é livre de exploração
E quem me explora dá coceira no cuião
Minha arte é verdadeira, é tristeza e alegrão
É de fé e é de não.
Padre Cícero e Bastião.
Xito e Xororão.
São Cosme e São Damião
Iemanjá, Santa Bárbara e minha Aparecida querida.
Cipriano Souza
foto: Adão Pinheiro
Minha vida igual ao do retirante Fabiano
Viver de arte no Brasil é igual a um catingueiro que planta no pó
E depois da colheita, vem o explorador se aproveitando da alta da safra
No pó eles somem e na colheita aparecem igual praga
Sem falar nas cercas.
O que me salva é que existem os bons cabras
Que amam a arte e respeitam o artista
Eita desgrama!
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